"Preexistente" ou "pré-existente"?
O uso do hífen com o prefixo "pre" costuma causar dúvidas em muitas pessoas. É o caso da palavra preexistente, que deve ser escrita sem hífen e sem acento. A regra diz que:
- se o prefixo for tônico e com significado próprio, sempre deve ser seguido por hífen. (pré-)
- se o prefixo não for autônomo, não haverá hífen. Isso ocorre quando o prefixo se apresenta como átono (pre).
Observe que no primeiro caso é usado o acento agudo, além do hífen. No segundo caso, não ocorre o hífen nem o acento. No caso de preexistente, não usamos o hífen, pois temos um prefixo átono, sem autonomia fonética (devemos ler "prêexistente"). Exemplos:
- Aquele paciente era portador de uma doença preexistente.
- O jogador informou ao departamento médico sobre sua lesão preexistente.
- Faremos um projeto arquitetônico em um edifício preexistente.
- Os acionistas estavam cientes das dívidas preexistentes da empresa.
Outros exemplos onde não ocorre o emprego do hífen: predeterminado, prefácio, prever, prefixo, preliminar, pressupor, preconceito, prenome, premonição.
Veja agora alguns exemplos onde o prefixo "pré" é tônico, devendo portanto ser utilizado com o hífen e acento agudo: pré-adolescência, pré-cirúrgico, pré-colonial, pré-cozido, pré-comunhão, pré-datado, pré-eleitoral, pré-escolar, pré-fabricado, pré-história, pré-modernismo, pré-natal, pré-nupcial, pré-operatório, pré-venda.
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