Apóstrofe

Consiste na "invocação" de alguém ou de alguma coisa personificada, de acordo com o objetivo do discurso que pode ser poético, sagrado ou profano.

Caracteriza-se pelo chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginário ou não. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade a que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidência com tal invocação. 

Realiza-se por meio do vocativo. Exemplos:

Moça, que fazes aí parada?

"Pai Nosso, que estais no céu..."

"Liberdade, Liberdade,
Abre as asas sobre nós,
Das lutas, na tempestade,
Dá que ouçamos tua voz..." (Osório Duque Estrada)

Gradação

Consiste em dispor as ideias por meio de palavras, sinônimas ou não, em ordem crescente ou decrescente.

Quando a progressão é ascendente, temos o clímax; quando é descendente, o anticlímax. Observe este exemplo:

Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Joana com seus olhos claros e brincalhões...

O objetivo do narrador é mostrar a expressividade dos olhos de Joana. Para chegar a esse detalhe, ele se refere ao céu, à terra, às pessoas e, finalmente, a Joana e seus olhos.

Nota-se que o pensamento foi expresso em ordem decrescente de intensidade. Outros exemplos:

"Vive só para mim, só para a minha vida, só para meu amor". (Olavo Bilac)

"O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se." (Padre Antônio Vieira)

Como referenciar: "Apóstrofe" em Só Português. Virtuous Tecnologia da Informação, 2007-2024. Consultado em 21/12/2024 às 10:19. Disponível na Internet em https://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil7.php

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